quarta-feira, 31 de março de 2010

Quando olho pra mim!

Passei a semana a considerar o meu “eu”. Todos, invariavelmente, em algum momento da vida, já pararam para refletir acerca de si mesmo. Eu faço isso constantemente. Considerei tudo, ou pelo menos quase tudo que me cerca; os acontecimentos, os objetos, as pessoas, até me deparar comigo mesmo.

Conceitos outrora adormecidos afloraram. Quando olho pra mim, percebo que sou frágil, pequeno, sou nada. Quando olho pra mim, constato o quão miserável é a minha riqueza; que é falha a minha justiça e mesquinha a minha nobreza. Quando olho pra mim, enxergo verdadeira parafernália de paradoxos; sim, eis o que sou.

Contudo, não chego a essa conclusão, com os olhos carnais, que são pó. Se vejo é com os olhos da graça que me foi dada. A graça, que sonda meus mistérios, que me ilumina no mais íntimo, no mais profundo e lúgubre recinto do meu ser! Ela, que me faz perceber minha real condição, minha absoluta incompetência em contribuir de alguma forma, seja ela qual for, no meu plano de salvação.

A graça, que é favor imerecido, no sentido literal da palavra, posto que sou pecador, ante a lei que existe em mim; ela, que transborda, que se sobrepõe, que exacerba todos os limites físicos e espirituais, toda vez que encontra esse pecado.

Quando olho pra mim, com os olhos da graça e só assim; vejo o poder de Cristo em me restaurar; em me converter todos os dias... Quando olho pra mim, com os olhos da graça e só assim, eu simplesmente... VEJO!
Amém!

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